Governo de SP abre consulta pública para concessão de seis parques urbanos na capital à iniciativa privada

  • 17/06/2025
(Foto: Reprodução)
A consulta pública funciona para o projeto atender às necessidades reais da comunidade. Para participar, cidadão tem de enviar suas sugestões até 17 de julho. Piscina do Parque Ecológico do Tietê, em 2019. Bárbara Muniz Vieira/G1 A gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) iniciou nesta segunda-feira (16) uma consulta pública para a concessão de seis parques urbanos na cidade de São Paulo à iniciativa privada. Segundo o governo, a ideia é ouvir a população antes de finalizar o projeto de concessão visando modernizar operação, manutenção e infraestrutura desses espaços. A consulta pública funciona para o projeto atendar às necessidades reais da comunidade. ✅ Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp Para participar, o cidadão tem que enviar suas sugestões até 17 de julho para o e-mail parquesurbanos@cpp.sp.gov.br, informando seus dados pessoais ou institucionais, e acessar os documentos no site da Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI). Os documentos e as informações estão disponíveis no site da SPI. O governo estima mais de R$ 144,7 milhões em investimentos ao longo do período, sendo R$ 60,4 milhões já nos primeiros quatro anos. Os parques incluídos no projeto são: Parque da Juventude Dom Paulo Evaristo Arns Parque Estadual do Belém Manoel Pitta Parque Ecológico do Tietê – Núcleo Engenheiro Goulart Parque Vila Jacuí Parque Maria Cristina Hellmeister de Abreu Parque Itaim Biacica O modelo proposto é uma concessão administrativa em que uma empresa ou um consórcio privado será responsável, durante 30 anos, por gestão, operação, manutenção, modernização e exploração de serviços acessíveis ao público nos seis parques urbanos listados. Piscinas do Parque Ecológico do Tietê são aterradas e moradores lamentam: 'Lazer que faz falta' Um dos destaques é a reativação do conjunto aquático no Parque Ecológico do Tietê, que contará com piscinas para recreação, prática esportiva e uso infantil. Segundo a gestão, entre as melhorias previstas estão a requalificação das estruturas existentes, a ampliação de áreas de lazer, a criação de equipamentos esportivos e a implantação de novos serviços voltados ao bem-estar da população. Troca de pastas Em maio, a gestão Tarcísio decidiu retirar a gestão dos dez parques concedidos à iniciativa privada da Secretaria de Meio Ambiente e Logística para passar à pasta de Parceria em Investimentos. A mudança ocorreu a cinco meses da 30ª Conferência Mundial das Mudanças Climáticas, a COP 30, um dos principais eventos sobre o tema no mundo, que acontecerá em novembro em Belém, no Pará. Com isso, a Secretaria de Parcerias e Investimentos é quem passa a representar o governo do estado nos contratos com as cinco concessionárias que administram parques no estado. E serão esses os profissionais responsáveis, por exemplo, pela estruturação, pelo monitoramento e pela condução desses contratos. A secretária do Meio Ambiente, Natália Resende, já havia antecipado que algumas mudanças seriam anunciadas (leia mais abaixo). Agora, o secretário responsável pelos contratos será Rafael Benini, que é muito próximo do mercado e das empresas, e é quem coordena os processos de desestatização dentro do governo paulista. A Agência Reguladora dos Serviços Públicos (Arsesp) continua sendo responsável pela fiscalização do cumprimento de todas as cláusulas dos contratos, incluindo as ambientais. O governo do estado afirma que, apesar da mudança, a preservação ambiental continua sendo prioridade, já que a Secretaria do Meio Ambiente se mantém como a responsável pela elaboração de políticas públicas e também pela definição das normas ambientais. Rafael Antônio Cren Benini, secretário de Parcerias e Investimentos de SP a partir de 2023. Bruna Sampaio/Alesp Concessões de parques A secretária estadual do Meio Ambiente afirmou em maio que o governo está empenhado em rever os contratos e apertar a fiscalização nos parques concedidos à iniciativa privada para as concessionárias melhorarem os investimentos nos equipamentos. Atualmente, São Paulo tem ao menos dez parques que passaram para a administração da iniciativa privada durante a gestão do ex-governador João Doria (ex-PSDB), mas que tiveram pouca mudança em questão de infraestrutura e reforma de equipamentos internos. Embora as concessionárias estejam dentro do prazo contratual para realização dessas melhorias, a secretária admitiu que há uma insatisfação dos usuários e do próprio governo com esses prazos, que tem levado a Arsesp a intensificar as fiscalizações. “São contratos que vieram de outra administração, mas a gente está apertando a fiscalização e a regulação. A gente fortaleceu a Arsesp para ela entrar com uma regulação mais forte e agora a gente está melhorando a governança pra olhar o contrato e cobrar, exigir o cumprimento. A gente herdou um contrato que a gente quer sempre melhorar”, contou a secretária. A secretária estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, Natália Resende. Divulgação/GESP E completou:“Nós vamos sentar com as concessionárias do Água Branca e outros parques para olhar o contrato e ver como a gente consegue melhorar. A gente está olhando todos os contratos no Meio Ambiente, com o plano só para parques e unidades de conservação. A Arsesp está focada nisso, para fazer tudo de forma coordenada, para olhar o passado e olhar o futuro”. Moradores denunciam irregularidades na concessão do Parque da Água Branca No Parque da Água Branca, por exemplo, reportagem do g1 no início do mês mostrou que ainda há banheiros e prédios danificados. A concessionária Reserva Parques disse, por meio de nota, que as obras seguem o cronograma previsto no Plano de Intervenções, com prazo até 2028 para conclusão, seis anos depois da assinatura da concessão, que é datada de agosto de 2022. Situação dos banheiros principais do Parque da Água Branca, em registro feito no dia 26 de abril de 2025. Rodrigo Rodrigues/g1 A empresa disse, ainda, que pretende antecipar reformas em alguns banheiros. No caso do Parque Villa Lobos, o orquidário Ruth Cardoso, símbolo do parque, que já estava fechado quando a concessionária assumiu a administração, também tem prazo de reforma de 36 meses, a partir da assinatura do contrato, para ser reformado, segundo a empresa. Lista de parque concedidos à iniciativa privada em São Paulo, segundo a Arsesp. Reprodução/Arsesp Deterioração do orquidário Ruth Cardoso, dentro do Parque Villa-Lobos, Zona Oeste de SP, em 15/09/2023. Rodrigo Rodrigues/g1

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/06/17/governo-de-sp-abre-consulta-publica-para-concessao-de-seis-parques-urbanos-na-capital-a-iniciativa-privada.ghtml


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