Entenda o caso da estudante da USP encontrada morta perto de estação do Metrô na Zona Leste de SP

  • 24/04/2025
(Foto: Reprodução)
Bruna Oliveira da Silva desapareceu na noite de 13 de abril, após ser perseguida por Esteliano Madureira nas imediações da estação de Metrô Corinthians-Itaquera, segundo investigação do DHPP. Suspeito foi encontrado morto na noite da quarta (23). Campus da USP Leste na região de Itaquera, na Zona Leste da cidade de São Paulo, onde estudava a jovem Bruna Oliveira da Silva. Montagem/g1/Reprodução/Redes Sociais A morte violenta de uma estudante da principal universidade do país chamou a atenção nos últimos dias. Bruna Oliveira da Silva desapareceu na noite de 13 de abril. Quatro dias depois, seu corpo foi encontrado em um terreno próximo a uma estação de Metrô da capital paulista com sinais de violência. Confira os desdobramentos do caso: O crime Local da Avenida Sport Clube Corinthians onde estudante Bruna Oliveira foi abordada e morto, em Itaquera, Zona Leste de São Paulo. Reprodução/TV Globo Bruna desapareceu em 13 de abril, após ser perseguida por Esteliano Madureira, identificado em imagens feitas por uma câmera de segurança. O vídeo mostra o suspeito seguindo a estudante na região da estação de Metrô Corinthians-Itaquera, na Zona Leste. Quatro dias depois, em 17 de abril, o corpo de Bruna foi encontrado em um terreno ao lado de um estacionamento do entorno da estação. Segundo o Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ela estava seminua, com queimaduras e ferimentos. Um sutiã e um saco plástico foram encontrados próximo ao corpo. Peritos ouvidos pelo g1 disseram que a vítima tinha uma fratura numa vértebra do pescoço. A investigação inicial aponta que ela pode ter sido estrangulada e abusada sexualmente, mas os laudos e a causa da morte ainda não foram divulgados. Morte do suspeito Suspeito de assassinar a estudante Bruna Oliveira em Itaquera, na zona leste, foi encontrado morto Esteliano Madureira, de 43 anos, foi identificado como o principal suspeito do assassinato. Na noite de quarta (23), a Justiça decretou sua prisão temporária, mas ele foi encontrado morto na mesma noite, com sinais de tortura e mais de dez ferimentos. O corpo dele foi localizado na Zona Sul da cidade, coberto por uma lona azul, e as autoridades suspeitam que ele tenha sido assassinado por uma facção criminosa. A polícia agora investiga quem o matou. Possível violência sexual A investigação também está apurando a hipótese de que Bruna tenha sido vítima de violência sexual antes de ser assassinada. Durante buscas na residência de Esteliano, a polícia encontrou calcinhas, que estão sendo analisadas para verificar se pertencem a outras vítimas do suspeito. A perícia no corpo de Bruna também está sendo realizada para confirmar se houve abuso sexual. Polícia divulga retrato falado do suspeito de matar estudante da USP na Zona Leste de SP Quem era Bruna Bruna tinha 28 anos e deixou um filho de 7 anos de um relacionamento anterior. No dia em que sumiu, ela voltava da casa do namorado atual. Da estação de Metrô, ela decidiu caminhar até sua casa, distante um quilômetro dali. O corpo dela foi encontrado a dois quilômetros da estação. Bruna era formada em história pela Universidade de São Paulo (USP). Fez mestrado no programa de história social e, recentemente, cursava mestrado em mudança social e participação política na mesma universidade. Reação dos pais e do namorado Estudante da USP encontrada morta foi enterrada hoje Em entrevista à TV Globo, a mãe, Simone Silva, disse que Bruna era sua maior inspiração. "Minha filha sempre lutou em prol do feminismo. Ela era muito contra a violência contra a mulher. Ela estudava isso e morreu exatamente como ela mais temia e como eu mais temia. E aí pergunto: Por que não fui eu? A dor seria bem menor." O pai da jovem, Florisvaldo Araújo de Oliveira, afirmou que a filha era "uma criança gigante" e que "não tinha maldade nenhuma [no coração]". "A Bruna era meu mundo, a minha vida, minha filha única, me dava tanto conselho. Para mim, ela não vai morrer nunca. Onde eu estiver, ela vai estar do meu lado, porque ela era meu anjo da guarda. Onde eu ia, ela falava: juízo, não vai arrumar confusão." Igor Rafael Sales, com quem Bruna namorava havia três meses, tinha passado o fim de semana com ela em sua casa, no Butantã, Zona Oeste. No domingo (13), ele a levaria de volta para a casa dela, em Itaquera, mas, por conta da chuva e como eles iriam de moto, o casal decidiu que seria melhor ela ir para casa de transporte público. "Quando foi 21h40 mandei mensagem porque sei que no metrô Itaquera, em determinado momento, dá sinal. 22h ela me respondeu que estava no terminal, falou que o ônibus passou e disse que ia a pé. Aí falei que não era para ir a pé e pegar um Uber [carro por app]. Eu fiz o Pix. Ela disse que ia esperar baixar [o preço]. Aí falei que já tinha mandado [dinheiro], afirmou. O namorado contou que, como o trajeto era curto, esperava notícias em poucos minutos. "Era muito próximo [trajeto]. Então, depois de 10 minutos, eu perguntei: 'E aí, deu certo?' Só chegou a mensagem. Liguei mais de 10 minutos [depois] e só chamou. E aí ela não respondeu. Ela sempre me avisava. 23h30 mandei um boa noite. Fiquei olhando de madrugada e nada. De manhã, eu vi as mensagens dos familiares perguntando da Bruna. Quando vi que ela não tinha chegado foi um choque. Eu não sabia o que dizer", ressaltou. Denúncias de falta de segurança Estudantes da USP Leste e de outras instituições de ensino na Zona Leste de São Paulo se dizem preocupados com a violência crescente na região. “A gente já sabia que as condições de segurança aqui não são boas, mas depois do que aconteceu com a Bruna, sentimos um medo ainda maior”, afirmou Mayra Ribeiro, estudante de pós-graduação da USP. “A universidade tem que fazer mais para garantir a segurança dos alunos, especialmente das mulheres, que são as maiores vítimas desse tipo de violência”, acrescentou. Além disso, estudantes pedem mais policiamento nas imediações dos campi e nas estações de transporte público. "Não podemos mais aceitar que as mulheres se tornem vítimas de crimes como esse. É preciso que a segurança seja intensificada", disse Luiza Gois Magalhães, outra estudante da USP Leste. Nesta quinta (24), alunos da USP Leste fizeram uma manifestação pedindo justiça por Bruna e mais segurança no entorno da universidade. Estudantes da USP fazem ato em homenagem à jovem assassinada em SP

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/04/24/entenda-o-caso-da-estudante-da-usp-encontrada-morta-perto-de-estacao-do-metro-na-zona-leste-de-sp.ghtml


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