Empresário encontrado morto em buraco no Autódromo de Interlagos sofreu lesões nos joelhos antes de morrer, indica laudo

  • 17/06/2025
(Foto: Reprodução)
Caso passou a ser apurado como homicídio, em razão da descoberta de que o empresário teve uma morte violenta. Corpo de empresário foi encontrado em buraco no Autódromo de Interlagos. Reprodução Os laudos realizados pela Polícia Científica do Estado de São Paulo apontam que o empresário encontrado sem vida no buraco de uma obra no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul da capital, sofreu lesões nos dois joelhos antes de morrer. Um dos documentos, o laudo anatomopatológico, que analisou órgãos e tecidos de Adalberto Amarilio dos Santos Junior, detectou um fragmento irregular de pele do joelho com uma escoriação. Concluiu-se que a lesão ocorreu antes da morte porque foi observada uma hemorragia nos tecidos abaixo da escoriação, o que indica que a vítima ainda estava viva no momento do ferimento. De acordo com os laudos, a causa da morte do empresário foi asfixia, apontada por lesões nos pulmões que indicam privação ou falta de oxigênio. O exame pericial detectou ainda a presença de PSA – componente do líquido seminal produzido na próstata – no pênis, mas esse tipo de achado é esperado em indivíduos do sexo masculino. A pesquisa de espermatozoides nas cavidades oral e anal apresentou resultado negativo, o que indica que não houve violência sexual. Não foram detectadas as presenças de álcool, drogas de abuso, fármacos, praguicidas ou outras substâncias no sangue de Adalberto, o que afasta a hipótese de morte por intoxicação ou envenenamento. A informação do laudo de que não foram encontrados drogas e álcool em Adalberto divergem do que Rafael, o amigo do empresário, havia dito anteriormente à polícia. Em seu depoimento, ele contou que se encontrou com Adalberto no dia do evento, e que os dois tomaram cerveja e fumaram maconha. Rafael foi a última pessoa que teria tido contato com Adalberto antes de ele desaparecer. O amigo, no entanto, não é considerado suspeito pela polícia, mas sim uma testemunha. Mas o fato de o corpo ter sido encontrado dias depois pode ter contribuído que não encontrassem vestígios de drogas ou álcool no laudo toxicológico. O caso passou a ser apurado como homicídio, em razão da descoberta de que o empresário teve uma morte violenta. Policiais ainda apuram se ele foi asfixiado por esganadura ou se sofreu uma compressão torácica. A morte ocorreu entre 36 horas ou 48 horas antes da descoberta do corpo (saiba mais abaixo). Adalberto havia sumido em 30 de maio depois de ir a um evento sobre motociclismo no autódromo. Seu corpo foi encontrado em 3 de junho por um funcionário da obra dentro do buraco. Câmeras de segurança gravaram os últimos momentos do empresário caminhando no estacionamento do lugar (veja vídeo abaixo). Asfixia Polícia colhe novos depoimentos sobre morte de empresário em Interlagos O laudo necroscópico apontou que a causa da morte foi mesmo asfixia. Policiais que investigam o caso disseram ter sido encontradas escoriações no pescoço de Adalberto, que sugerem uma possível esganadura cometida por outra pessoa. Outra possibilidade é a de que alguém possa ter comprimido o pulmão do empresário com o joelho. Uma das hipóteses investigadas pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) é a de que alguém o colocou no espaço de 3 metros de profundidade por 70 centímetros de diâmetro. O corpo foi encontrado sem calça e sem tênis. Ele tinha 35 anos e era dono de uma ótica. O laudo do DNA sobre o sangue encontrado dentro do carro de Adalberto, estacionado numa área proibida do kartódromo anexo ao autódromo, ainda não ficou pronto pelo IML. A expectativa é a de que ele seja divulgado nesta semana. Segundo a polícia, no entanto, as marcas já poderiam estar ali previamente, assim o sangue não estaria diretamente relacionado à morte. Câmeras de segurança gravaram quando o empresário chegou ao evento e depois foi ao estacionamento onde deixou seu veículo. Mapa 3D do local Possibilidade de trajeto percorrida por empresário morto no autódromo de Interlagos Reprodução/TV Globo Mais um laudo que está sendo elaborado é o do local onde o corpo foi achado. Esse será produzido pelo Instituto de Criminalística (IC). E servirá como um mapa da região onde o corpo foi achado, mostrando o trajeto feito do estacionamento até o buraco. A partir dos depoimentos colhidos, os investigadores preparam um croqui em 3D, por meio da técnica conhecida como espelhamento, para reconstituir a possível trajetória do empresário entre o evento, o local onde havia estacionado seu carro e o buraco da obra onde o corpo foi encontrado. Segundo policiais, Adalberto pode ter sido colocado no local onde morreu por alguém que o teria agredido. O empresário também mandou uma mensagem para a mulher dizendo que iria jantar em casa. "Posso dizer que, com certeza, ele foi uma vítima de um crime. Ele jamais tiraria as calças e o sapato e entraria num buraco. Isso não tem sentido nenhum. Meu marido estava indo para o carro para vir embora. Alguém pegou ele nesse trajeto", afirmou Fernanda, de 34 anos, esposa de Adalberto, em entrevista à TV Globo. Policiais apuram se o empresário se envolveu em alguma briga quando foi buscar seu carro num local proibido para ir embora. "Nesse confronto, especula-se que a pessoa poderia ter pressionado Adalberto com o joelho ou sentado nas costas dele, causando uma compressão torácica e fazendo com que o empresário desmaiasse. Em seguida, ele teria sido jogado no buraco", disse a delegada Ivalda Aleixo, diretora do DHPP, em entrevista à TV Globo, na semana passada. Essa linha de investigação leva em conta que Adalberto teria tentado atravessar uma área restrita, fechada para circulação, e, assim, poderia ter sido barrado por algum segurança, por exemplo. Alguns seguranças e chefes de segurança — sete pessoas no total — que trabalharam no local na noite em que Adalberto foi morto já prestaram depoimento. Entre homens e mulheres, considerando profissionais do autódromo, do kartódromo e os especialmente contratados para o evento, 188 profissionais trabalharam naquela noite. A polícia pretende ouvir ao menos metade desse grupo. Hipótese é a de que empresário se envolveu em briga quando ia para o estacionamento. Reprodução

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/06/17/empresario-encontrado-morto-em-buraco-no-autodromo-de-interlagos-sofreu-lesoes-nos-joelhos-antes-de-morrer-indica-laudo.ghtml


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